domingo, 13 de fevereiro de 2011

Lilith, a Primeira e Oprimida Feminista:.


Entre os Maiores Mistérios da Mente Humana, jaz o "Mistério Feminino".

Quão intrigados foram os que desejaram explorá-lo. Quão decepcionados estiveram ao notar a Falta de Padrões Científicos;

Diferente da Mente Masculina, a Mulher aparenta possuir uma Visão Distorcida de sua Própria Existência e uma Visão Profunda a Respeito do Mútuo Relacionamento com seus Semelhantes.

Afinal, O Que NÃO QUEREM as Mulheres?

Desde os primórdios, o homem é naturalmente interessado pela complexa natureza feminina que fora criada partindo de conceitos de poder, beleza, ego e instabilidade química. O Amor Feminino é Capaz de Tolerar um Marido Violento, é Capaz de Proteger um Filho Psicopata e, ao mesmo tempo, Sustentar Auto-Estima e Trabalho.

É de impossível concepção a verdade a respeito dos desejos e particularidades do universo feminino, devido à natureza de variação química tradicional da convivência feminina para com o próprio corpo e psicologia.

Porém, partiremos de um ponto de partida: Poder, Beleza e Ego.

Há mais de 1000 anos no Passado, estas três palavras que tomamos como o ponto de partida do curioso universo feminino estariam sob o ódio ferrenho de instituições machistas e opressoras relacionadas à Igreja Católica. A Mulher tornara-se um Mero Objeto para Trabalhos e Intolerância, sendo naturalmente julgada pelo próprio fato de ser "Mulher".

Conforme avançara a quebra do rígido regime feudal durante a Renascença, a carne tomara prioridade conforme os avanços científicos e culturais trilhavam estradas paralelas às da Igreja, criando uma sociedade onde o acúmulo de capitais e a independência do corpo e do pensamento tomavam forma através da Reforma Protestante e do Iluminismo.

Porém, por que a Mulher fora tão Retratada como a Encarnação do Pecado durante a Idade Média? Por que milhões de mulheres foram caçadas e torturadas sob a acusação de bruxaria por meramente agirem de forma feminina e incentivarem a criação de uma identidade independente dos homens?

Para responder tais perguntas, será necessária a incorporação do universo bíblico à realidade.





"Lilith, a Primeira Mulher"


Lilith, segundo a Bíblia Cristã, não existe. Porém, sua história está evidente nos escritos de maior longevidade, como o Torá, este que retrata de forma profunda o Antigo Testamento.

Após a Criação do Universo e da Terra, Deus teria feito Adão e posteriormente Lilith à sua imagem, criados do mesmo material "divino". O Éden tornara-se o tradicional ambiente pré-determinado pela divindade como o local onde seu povo escolhido faria seu desenvolvimento.

Apesar de tudo, Lilith recusara a viver sob as ordens de Adão, o qual havia sido seleto por Deus para comandar sob direito divino a vida de sua igual. Como Mulher Independente, buscava realizar suas atividades de acordo com suas crenças relacionadas à mais efetiva manutenção das tarefas sociais buscando colocar seus pontos de vistas e idéias acima da proibição imposta por Deus.

Para determinar características exatas sobre o possível caráter de uma Lilith, teríamos uma mulher completa e complexa, dedicada não meramente ao Amor mas à expansão de sua própria participação em uma sociedade aparentemente hostil a seus pensamentos. Ao mesmo tempo que desejava ser aceita, buscava ser tida como seu igual masculino perante as possibilidades de controle.

Aos olhos atentos, o caráter de Lilith seria uma reflexão direta à índole feminina atual, desejando a independência, o amor, o poder, a juventude e o reconhecimento enquanto busca manter-se afastada dos paradigmas de julgamento tradicionalmente masculinos, buscando criticá-la até mesmo em suas menores características.

Como Homem, sou habituado ao julgamento da índole feminina. Como adepto à Filosofia, notei o quão hipócritas são os paradigmas utilizados para o julgamento da mulher, que muitas vezes é vítima quase que exclusivamente da maior parte das restrições. Estes "Paradigmas Paradoxais" são milenares, criados para a exclusiva opressão do comportamento feminino em especial, impedindo, muitas vezes, a Mulher de Ser Mulher.

Como exemplo destes paradoxos, está a canção "É Armadilha de Satanás", composta por um grupo cristão de Angola. Durante a música, a mulher recebe ao redor de 40 restrições contra 3 dadas aos homens. Impondo a própria mulher como uma "Armadilha de Satanás".

Como já foi dito, Lilith opera como reflexo do complexo pensamento feminino, assim como opera como exemplo da cega intolerância dos paradigmas utilizados para julgá-la.

Acredita-se que, após uma discussão com Adão a respeito de como deveriam fazer amor, o "Escolhido por Deus" teria contatado seu salvador para que fosse removida e substituída. Concordando, a divindade a teria a lançado no Inferno e em sua posição teria sido criada Eva, feita diretamente da costela de Adão.

Diferentemente de Lilith, Eva era semelhante e não Igual a Adão, criada por apenas uma pequena parte do que de fato o homem era. Ou seja, criada para submeter-se como um orgão.

À Lilith coube a Ira e fora transformada em um Demônio chamado de Succubus, cujo a tarefa seria assassinar bebes e seduzir os homens à promiscuidade.

Analisando de forma crítica a situação da Primeira Mulher, ela fora punida exclusivamente por ser capaz de pensar e realizar oposição àqueles que a controlavam. Por tal razão, fora condenada à eternidade no inferno.

Assim como Caim, a Justiça Santa utilizada para Punir Lilith jamais ocorreria em Tribunais de Legislação Humana. Se tal fato ocorresse hoje, Lilith seria Absolvida e Deus junto a Adão teriam de pagá-la por danos morais relacionados à difamação e ao machismo.

É compreensível que no fim a História de Lilith possa ser interpretada como o retrato das mudanças na sociedade feminina iniciada após o nascimento do urbanismo e da ascensão da divisão de trabalho para a maior produção de bens por parte das civilizações primitivas.

Hoje, o nome de Lilith ainda impera em revistas e itens culturais feministas dedicados à propagação dos novos ideais na mulher em uma sociedade que é alterada cada vez mais às perspectivas não-masculinas.



"As Mulheres e a Moral"


Como já fora dito, há paradigmas utilizados para o julgamento feminino. Estes são revelados hipócritas e intolerantes quanto à crescente independência da mulher na sociedade atual, derivados de paradoxos religiosos de comportamento e propagados principalmente por Mulheres de Gerações Anteriores, as quais viveram períodos de ainda maior opressão e julgamento cultural.

Ao "Superego" do Comportamento Humano fora criada a Moral.

Segundo Nietzsche, a Moral é meramente uma Pregadora da Morte que busca oprimir e restringir os variados seres humanos à padronização de seus comportamentos, assim submetendo os fortes ao escudo da mediocridade e da uniformização através das idéias de "Bem" e "Mal". À esta filosofia ditadora de comportamento é dado o nome de Moral, ou "Filosofia de Rebanho".

Novamente sob a perspectiva de Nietzsche, a moral é criada pelo fraco para submeter o forte aos seus conceitos de "Bem" e "Mal" para que assim tome controle sobre seu adversário. Para melhor visualização, o cartunista Quino exemplifica a Realidade da Moral no Cristianismo:
O Forte, aparentemente o maior, ergue seu leão, ao qual vê maior traço de força e nota a exemplificação do "Bem" no caráter forte e desbravador do ser humano. Já o Fraco, ergue o Escudo da Moral, que consequêntemente terá o forte como a exemplificação do "Mal" caso este o ataque.

Porém, como a Filosofia de Rebanho Opera pelo Controle do Ímpeto Feminino?

Após um rápido resumo da idéia de moral realizada por Nietzsche, como esta pode ser estabelecida para uma observação do comportamento feminino?

A Moral, como observara o grande filósofo, buscava pregar a mediocridade e a opressão ao homem, para que a carregasse como um animal escravo.

Por muito tempo, a Mulher nascera Destinada a Carregar a Moral de Forma até mesmo Injusta, a punindo por ser mulher.

Durante a Idade Média, o "Martelo das Bruxas" fora utilizado pela Inquisição como Estandarte para a Martirização de Milhões de Mulheres que desejavam tornarem-se independentes do sexo masculino, às quais fora entregue o título de "Bruxas". Estas "Liliths" são apenas o menor exemplo de que tipo de paradoxos o julgamento feminino é feito.

Inclusive, acredita-se que Jesus fora casado com Maria Magdalena, mulher que fora tomada sob a imagem de prostituta na qual moravam demônios. Há até mesmo suposições que a apontam a um possível desejo de Jesus para que Magdalena fosse a herdeira de sua palavra(E não Pedro), à suposta descendência de Cristo e uma Humanização de sua Vida nos chamados Evangelhos Gnósticos, rejeitados pelo Concílio de Nicéia no qual foram estabelecidos os supostos "Valores de Deus" por diversas facções cristãs junto ao Império Romano logrando a estabilização e o controle do mundo recém-cristão.

Como conclusão, é fato de que a Mulher foi e ainda é Oprimida Injustamente; Seja por Atos ou Pensamentos. Julgada por Homens e Mulheres, Amantes e Mães.

Desde os Paradigmas utilizados para a Compreensão da Mulher à Punição e Valorização de seus Atos, apenas jaz uma Verdade: A Mulher prossegue como Indescritível Enigma, capaz de martirizar-se e punir-se em nome dos mesmos valores que prosseguem como um Mero Olhar no Profundo Oceano que é uma Mulher.


- Ex-Profeta.

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