sábado, 22 de janeiro de 2011

A Sociedade que Nasceu da Música:.

Música...

Uma Manifestação Cultural de Importância Indescritível para o Desenvolvimento da Sociedade. Assim como a guerra e a literatura, a música mapeou a história e a criação das milhões de culturas que hoje existem.

Por que gostamos de Música?

Acredita-se, entre intelectuais adeptos da evolução, que a música assim como a culinária foram os principais estímulos para o desenvolvimento da mente humana e da cultura ainda antes do próprio homem. É compreensível, mesmo sob o olhar de leigos, a indescritível influência que a música aparenta exercer sobre o ser humano: Uns choram, outros sorriem, seja em uma peça magnífica de Mozart ou em um único acorde de guitarra.

A música, inclusive, acrescenta a seus "Compositores" o poder da formação de opinião em questão de poucos segundos enquanto escritores dedicam-se ao exílio de suas canetas por anos intensos em busca da criação de conclusões magníficas seja a respeito de uma receita culinária ou de um épico histórico.

Um caso clássico do poder da música foi Nero, acredita-se que o excêntrico imperador de Roma teria posto fogo na mais impressionante cidade já construída meramente para fazer acompanhamento a seus dedos que tocavam harpa sem cessar.

Outro caso, mais contemporâneo, foi Wagner, compositor alemão. Em suas obras, ele exacerbava o "Pan-Germanismo" e a cultura saxã tradicional da Alemanha pré-cristã. Apesar de ser um compositor considerado hoje "clássico", suas idéias colocaram-se sobre a própria música e influenciaram até mesmo Adolf Hitler.

Uns crêem que os ideais anti-semitas de Wagner e seu pan-germanismo geraram a forte tendência do ditador à exacerbar a cultura alemã mesmo de formas ocultistas e a rejeitar etnias não-alemãs como inferiores.

Ambos Nero e Hitler podem ser considerados "Casos Especiais" por suas peculiaridades psicológicas, porém é inegável que a música é capaz de influenciar mesmo os mais íntegros aos mais sensíveis.

Como já foi dito, a influência da música no comportamento de seus ouvintes pode ser demasiada em certos casos, porém a música age meramente como interlocutora para a transmissão de características culturais entre o emissor(A banda, o compositor ou a gravadora) e o ouvinte, no caso, os meros mortais.

Pensei duramente em acrescentar casos histórias em que a música alterara o próprio padrão de pensamento de uma geração como a Guerra do Vietnã e o impeachment do ex-presidente Collor, porém, considerei transmitir uma mensagem mais direta mirando para nossa sociedade atual.

A influência transmitida pela mídia musical é forte e inegável, porém, desde a década de 60, houve uma forte capitalização da música em cultura comercial intentando apropriar-se da imensa influência que simples melodias podem ter quando acessíveis à mente humana, principalmente quanto à mente ainda não íntegra, ou seja, a mente jovem, programada desde o nascimento para crer em falsas inseguranças e cultuar diferentes costumes.

A Capitalização da Música

Simplesmente, após a Segunda Guerra Mundial, a juventude fora ensinada a representar a vanguarda tecnológica e social do capitalismo, aderindo a diferentes costumes e adaptando-se às possíveis mudanças na esfera social.

(Não irei tratar de negar a existência da "Adolescência" neste tópico, porém deixo claro que sou ateu quanto à existência da mesma se não por interesses da cultura comercial.)

A Música é uma alternativa viável de manipulação, seja voluntária como na atualidade ou involuntária como representaram Hitler e Nero.

A capitalização da música é, felizmente, recente no Brasil. Ela consiste em meramente utilizar os meios de influência trazidos pela mídia musical para incentivar o ouvinte a consumir objetos diferentes ou agir de formas diferentes que também induzam ao consumo de diversos produtos.

É um fenômeno lamentável, porém real.

"Todos os Homens são Diferentes"

E grupos cujo as diferenças são maiores podem tender ao ódio intenso, ágil e recíproco. A cultura "Emo" é um exemplo das consequências prejudiciais da capitalização da mídia musical, os proclamados "Emos" ainda hoje são brutalizados e vítimas de diversos preconceitos sociais dignos da comparação com crises raciais em países como Sérvia e Rússia.

A crueldade da capitalização musical apropria-se da fraqueza humana para com a música, gerando um pequeno massacre e um grande ciclo de ódio pelo mero desejo de fazer os detentos odiarem uns aos outros.

É um insulto à inteligência de uma criança acusá-la de cultuar tal banda pelo desejo de ser diferente, assim como é um insulto julgá-la inferior por tal condição, pois no fim, a música atual gera apenas vítimas, seja aquele que canta ou aquele que é induzido a cortar a garganta do adepto.

Afinal, desejar que um grupo seja diferente é conveniente para a mídia comercial, pois esta terá a possibilidade de possuir mais uma banda e milhões de diferentes formas de influenciar este grupo.

Mesmo no ódio há lucro, pois este gera a Reclusão; Cria rebeldia e tristeza em odiados, como em um caso clássico de retórica do ódio.

Uma Indústria de Suicídios? Talvez, pois o insano que lograra incendiar a própria cidade pode reencarnar-se naquele que fora vítima de inúmeros preconceitos e por fogo em sua própria motivação de vida incentivado pela pirotecnia e a voracidade da Indústria Musical.

Desde "Metaleiros" ao "Restart", o Gosto Humano, seja Culinário ou Musical, desenvolve-se apenas quando nas diferentes atmosferas culturais encontradas pelo indivíduo. No fim, o gosto encerra-se como imposição, uma Orquestra onde o Maestro é um Ditador e os Músicos morrem em cada Nota.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

As Pragas da Fama

Há muitos proclamados Famosos.

Por fim, a Fama trata-se de um atributo particular causado meramente pela peculiaridade de um comportamento ou aparência em comparação com as convivências ditas padrões na sociedade.

Um Famoso não pode ser auto-proclamado, isto é óbvio, pois a "Fama" existe apenas no imaginário social da mente humana, ou seja, como criatura de grupo, aquele que logra a "Fama" é unicamente famoso pelo fato de ter quem o faça de tal forma.

Ser famoso é um sonho, desafio e uma praga, respectivamente.

Não, não pretendo realizar menções às estrelas de nossa televisão, pretendo que veja a própria fama daqueles ao seu redor.

Como dito, a "Fama" opera de uma forma simples:
- Alguém torna-se famoso por um atributo, ação, posição ou aparência.

Ou seja, a "Fama", ao mesmo tempo que clama os louros do reconhecimento, cria um paradigma a respeito do famoso.

O que é um Paradigma?

Paradigmas, em ironia, quase sempre revelam-se Paradoxos. Um Paradigma é uma Ideia comum em sociedade relacionado a tudo que nos cerca, por exemplo:
- Produtos do Paraguai são geralmente falsos.
- Protestantes são sempre puritanos.
- 'Forró' é irritante.

Simplesmente, tratam-se de meros "Preconceitos" que nadam livres em nossa sociedade e modelam nosso pensamento em respeito ao mundo.

A Fama é um imã de Paradigmas, pois como dito, o famoso torna-se tal por uma peculiaridade em sua convivência.

A Fama pode trazer méritos, a situação de ser conhecido por todos em uma festa pode ser benéfica, pois o valoriza em meio ao grupo, porém, a mesma fama poderia destruir sua imagem se fosse gerada por julgamentos, quase sempre hipócritas, como: "Facinha" e "Aproveitador".

Ou seja, o forte gerador de paradigmas é o diferencial em uma fama benéfica ou em uma fama maléfica.
O Estopim é o diferencial.

Em diversas situações, podemos apresentar-nos à pessoas que mal conhecemos e já ouvir argumentos sobre nós, sempre relacionados principalmente à peculiaridades nem sempre verídicas.

O Paradigma é quase sempre um Paradoxo, por ser um preconceito simplista, superficial.
O Famoso sempre será famoso por suas características mais peculiares, um profeta sempre será lembrado pelas duas profecias que ocorreram e jamais pelas outras 200 que nem "passaram perto", um político de boa carreira sempre será lembrado pelos maiores escândalos envolvendo-o ou pelas maiores tentativas de sufocá-los.

A Fama é um elemento derivado de Paradigmas. Paradigmas são, quase sempre, Preconceitos Paradoxais.

Por exemplo, no Rio de Janeiro, algumas companhias de "Taxi" costumam não deixar o passageiro em favelas ou bairros onde há o paradigma de perigo, algumas, inclusive, cobram retorno.

Não é uma crítica aos serviços daqueles que se arriscam a servir uma sociedade que prega as diferenças tornando todos iguais, e sim um alerta.

A Fama pode ser um Paradoxo, talvez os vizinhos não sejam tão vorazes por fofocas ou aqueles coloridos não sejam tão superficiais. A Resposta é Triste, pois este "Talvez" apenas poderá ter resposta naqueles que tiveram seus nomes envoltos em paradigmas.

A Moral, seja Comercial ou Religiosa, é exclusivamente utilizada para julgar estes que possuem a fama, julgamentos, muitas vezes, realizados por olhos cegos devido à constante exposição aos holofotes de sua suposta imagem.

Aquele que encontrou a Fama, involuntariamente ou voluntariamente, deve lembrar que tornou-se ela, pois o homem, acima de tudo, tem seu valor decidido apenas pelos espelhos embaçados daqueles que o cercam e pelas fantasias "Imperfeitas Perfeitas" que crêem ser.

Assim Falou o Ex-Profeta.
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(Perdão por possíveis erros de gramática ou no desenvolvimento de ideias, este é meu primeiro Post e foi escrito às raias da madrugada).
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